O Governo da Virtude

O Governo da Virtude. Vemos que a vida nos oferece vários eventos e oportunidades para que se possa ir aprendendo e desbravando nosso próprio interior. No entanto, vivemos apenas em uma parte de nós mesmos, limitados de acordo com nossa psicologia.

Em sua obra “A República”, Platão apresenta uma cidade ou país ideal, onde os governantes trabalham com a virtude. Superam o egoísmo, paixões, desejos e ambições e são capazes de fazer da sabedoria a principal característica no exercício do poder.

Sobressai interessante nesta obra, que influenciou e influencia a política das Nações e formação dos Estados ao longo do tempo, observar que Platão sugere a necessidade do governante aprender a governar previamente a si mesmo.

Ampliando esta concepção para além da pessoa dos governantes, o governo de si mesmo garantiria a harmonia de todas as relações sociais. Isso à medida em que consideraria este governo na capacidade de dirigir sabiamente a própria psicologia, pensamentos, sentimentos e emoções.

A ideia de cidade da Obra de Platão nos faz lembrar, também, uma cidade ou país de tipo “psicológico”, como nos apresenta Samael Aun Weor. Percebemos que conhecemos apenas um pouco do local, da rua, do bairro, da cidade e do país em que vivemos. Certamente ocorre o mesmo com nosso mundo interior, com diversas áreas desconhecidas e obscuras dentro de nós mesmos.

Refletindo, podem-se encontrar pessoas com grandes especialidades em determinados assuntos e carentes de sabedoria prática. Esta é uma grande necessidade para todas as áreas da vida, como a convivência, os relacionamentos, entre outras.

Denota-se, dessa forma, que apenas uma formação intelectual não chega a ser suficiente para atingir uma sabedoria. Isso vai além de um bom intelecto, ou seja, é uma expressão da consciência que se manifesta no viver do aqui e agora.

Para tanto, é imprescindível uma constante observação de si, para encontrar e corrigir as imperfeições psicológicas tais como: a agressividade, impaciência, desordens, ciúmes e medos. Assim desenvolve-se como consequência de tais correções, virtudes como compreensão, humildade, caridade, paz, alegria e amor.

Um bom Governo interior

Um bom governo interior nos leva a obter uma sabedoria prática, a ter atitudes por meio de um bom senso, a ter habilidades de ação. Certamente isso resulta também de uma maior percepção dos eventos para que se possam ter decisões apropriadas.

Portanto, num caminho de conquista de sabedoria, é indispensável buscar a verdade, não iludir-se, mas despertar, ser dono de sua vontade, ter a capacidade de discernimento para poder enxergar o que é mais adequado, sensato e equilibrado.

Ao alcançar tamanho conhecimento e sabedoria, já não se possui uma cidade ou país psicológico, pois quando se elimina toda babilônia interior, surge a livre expressão do Ser, de seus potenciais psicológicos e divinos.

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